Você sabia que a falta de dinheiro altera sua saúde mental?

No livro Proteja-se de você mesmo e bata o mercado de ações no longo prazo tive a oportunidade de apresentar que o economista John Rae produziu a primeira discussão sobre os motivos psicológicos das nossas decisões. Ele acreditava que a nossa maneira de tomar decisões no tempo – escolha intertemporal – era proveniente de um conjunto de fatores que ou promoviam ou limitavam nosso desejo de acumulação (formação de poupança).

Mais do que isso, para o economista dois principais fatores que promoveriam o desejo de acumulação eram o motivo de herança e a propensão de exercitar o autodomínio, sendo este último representado pelo grau dos nossos poderes intelectuais, e a consequente prevalência de hábitos de reflexão, e prudência.

Em contrapartida, os motivos limitantes para essa acumulação eram a incerteza da vida e a nossa empolgação para o consumo imediato.

Em paralelo a essa discussão sobre a importância de formação de poupança e o papel dos hábitos de reflexão e prudência (educação financeira) o Valor Investe divulga uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, com brasileiros que têm contas em atraso. Da pesquisa é possível extrair que os inadimplentes (dívidas não pagas) apresentam alteração no sono, menor vontade de frequentar eventos sociais e alterações no apetite.

Em resumo, os sintomas relatados estão relacionados à piora do padrão de vida com as dívidas, caso para nove em cada dez entrevistados (88%) pela pesquisa.

Logo, é urgente o papel dos órgãos reguladores do mercado financeiro, das Universidades e também das empresas, levando para o centro das discussões as dificuldades em formar poupança bem como oferecer ferramentas para mudanças de hábitos e quitação das dívidas.

Espero que tenham gostado.

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