Você sabe usar seu smartphone? Eu acredito que não sabe.

No filme Não Posso Viver Sem Você, o personagem Carlos (Adrián Suar), é um homem que leva uma vida perfeita e um trabalho de sucesso, mas sua obsessão pelo celular está destruindo sua vida. Após um evento familiar desastroso causado por sua constante distração com celular, sua esposa Adela (Paz Vega) resolve dar a ele um ultimato para acabar de vez com o seu vício: ou ele se desliga do celular ou perde o casamento.

Assim, desesperado Carlos se vê forçado a buscar ajuda em uma nova terapia para viciados em celulares. Com o tempo se esgotando, ele passa a enfrentar o desafio de equilibrar sua dependência tecnológica com a necessidade de reconquistar sua vida anterior. O filme vai explora a luta de Carlos para superar seu vício e restaurar a harmonia em sua vida pessoal, enquanto lida com as complexas dinâmicas de um relacionamento abalado pela tecnologia.

Assim, eu pergunto, você sabe usar seu smartphone? Quando eu afirmo acreditar que não você não sabe usar eu estou apoiando essa afirmação em algumas evidências sobre o impacto da tecnologia em nossa vida. Chama a atenção a obra Sociedade do Cansaço do filosofo Byung-Chul Han que trata entre outros temas sobre o impacto da hiperinformação.

Motivado por essa crítica à nossa sociedade tive a oportunidade de publicar no mês de novembro meu Ensaio: Sociedade do Fracasso e Frustação (Letras Virtuais Editora). Nele, contextualizo que nessa dinâmica produzimos petabytes de informações, por vezes, conflituosa, fragmentada e efêmera. Estamos agora escravos em consumir hiperinformação e no final, esgotados, somos incapazes de absorver e entender o que esta disponível.

Mais do que isso, No meu Ensaio acabo explorando que com o surgimento do smartphone, a tomada de decisão é mais rápida. Essa rapidez e praticidade permitem negociações on-line, fácil disponibilidade de julgamentos, em virtude da atuação dos influenciadores financeiros e acesso
a ferramentas de análise baseadas em algoritmos.

Logo, aumenta a frequência de operações financeiras e de jogos de apostas e com ela, resultados que não favorecem a nossa formação de poupança. Também é através dele que produtos são facilmente adquiridos (no crédito), mesmo que desequilibrem o orçamento. Sobre os jogos de aposta, quer pelo excesso de confiança, quer pela influência social das redes sociais, quer pelo dois, acreditamos no cavalo azarão em busca de ganhos extraordinários.

Ainda tenho a oportunidade de discutir outros tópicos que indicam o adoecimento de nossa sociedade pelo excesso. Espero que gostem do filme.

Sobre o livro faremos, a partir de alguns comentários na conta do meu instagram, o envio de alguns exemplares.

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