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Sobre Educação financeira e nossas fragilidades em poupar

Em recente reportagem de Daniel Schnaider para o Último Segundo fica clara a importância da educação financeira como parte do ensino escolar e o seu crescimento. Iniciativas americanas como ‘Jump Start’, ‘Next Gen Personal Finance’, além da ‘Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF)’ no Brasil além do modelo finlandês que inclui o assunto na grade curricular desde a infância são citadas na reportagem como importantes no crescente processo de conscientização sobre o tema.

Há na reportagem uma constatação de num mundo globalizado e capitalista, com livres mercados o analfabetismo financeiro fortalece a desigualdade social. Mais do que isso, a reportagem trata que um seleto grupo, que tem o incentivo de adquirir este conhecimento, eventualmente estaria preparado para usar as ferramentas disponíveis, que trazem benefícios assimétricos em relação ao resto da sociedade.

Na visão do autor cabe responsabilizar a sociedade civil em identificar e melhorar essa situação, para que, no futuro, a concorrência seja ao menos mais igualitária.

O teor de uma reportagem é fundamental para identificar uma realidade. No entanto, a contribuição que possa dar a esta situação é promover uma série de reflexões sobre o que nossa nação convive. Antes de “instrumentalizar” com modalidades de aplicação financeira (constituição de poupança) e busca de atrativos na redução de impostos sobre a renda cabe uma discussão sobre a fragilidade humana em tomar decisões, decisões inclusive financeiras.

No Livro Projeta-se de Você mesmo e bata o Mercado de Ações tive a oportunidade de, através de evidências acadêmicas, demonstrar que:
Somos impulsivos, ou seja, nossa disposição a comprar é mais elevada à postergar;


Somos míopes em relação ao tempo e não enxergamos o futuro, ao contrário, buscamos compra de produtos (e experiências) que promovem respostas rápidas;


Enxergamos as partes e não o todo e, por conta disto, confundimos nossa renda com o crédito disponível. Logo temos uma sensação que não gastamos quando usamos o cartão de crédito;


Temos aversão a perdas, então em situações em que podemos perder, acabamos consumindo, mesmo que à crédito. Últimas unidades, não perca essa oportunidade não fortes convites ao consumo;


Sofremos influência social, ou Maldição Social e por conta dela adotamos padrões de consumo ou de experiências que estão fora do nosso orçamento.


Não é tomando conhecimento que iremos mudar, mas com o fortalecimento da sociedade civil (Universidades e até mesmo das Empresas) da “exposição” dessa nossa fragilidade e através do uso de argumentos lógicos “consistentes” poderemos mostrar a todos aqueles que tem dificuldade em lidar com o dinheiro, que a intuição e percepção podem confundir nossa tomada de decisão e, por isso, devemos ficar mais atentos.


Espero que tenham gostado

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