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Previsão, planejamento, coordenação, controle e o arrependimento

Em finanças, ou melhor, em Fundamentos de Administração Financeira, tenho a oportunidade de discutir com meus alunos o papel do gestor financeiro. Um pouco de didática e forte ênfase teórica indicam dois tipos de decisões: as decisões gerais e as específicas (investimento, financiamento, pagamento de dividendos e relações com o mercado para reduzir exposição aos riscos). Em se tratando das gerais as mesmas estão alinhadas ao papel do gestor, ou seja, previsão, planejamento, coordenação e controle. Todas elas são importantes para definição do papel do gestor.

Não consigo destacar qualquer delas como mais importante, no entanto, o planejamento e seu efetivo controle são importantes para definição dos objetivos. Isso vale para qualquer área de atuação, inclusive a financeira. Então, o gestor financeiro tem à sua disposição o planejamento como ferramenta para tomada de decisão sobre os recursos financeiro da empresa. Assim, através do orçamento de caixa terá uma noção dos valores a receber e a pagar. Em se tratando de empresas é possível que haja um descasamento desse prazo, levando a empresa a necessitar de capital de giro.

Em uma família podemos pensar que os fundamentos são os mesmos. Logo, dívidas podem surgir caso ocorram descasamentos e ou imprevistos. Fazer planejamento é pensar também em imprevistos. Justamente por isso alguns modelos de orçamento de caixa levam em consideração caixa mínimo desejado. Agora, por mais adequado que esteja o planejamento empresarial o planejamento familiar pode ser “sabotado” por conta de valores a serem pagos.

Em recente reportagem do Valor Investe 44% das compras realizadas pela internet são feitas por impulso, ou seja, sem planejamento financeiro. Tais compras são uma das causas do aumento do endividamento e da diminuição da qualidade de vida do brasileiro.

Sendo assim, é fundamental lidar da melhor forma com o arrependimento financeiro.

A reportagem aproveita para indicar alguns passos para evitar a impulsividade. De forma geral, eles estão baseados no autocontrole. E nós, em algumas situações perdemos o autocontrole. Somos mais inclinados a intuição e percepção e pouca dedicação à racionalidade. O planejamento requer racionalidade e o controle irá ajudar, indicando o que efetivamente está ocorrendo. Com isso, as desagradáveis surpresas de final de mês com a fatura do cartão de crédito seriam evitadas ou amenizadas.

Espero que tenham gostado.

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