Para o Valor Investe jovens até 34 anos foram ouvidos em um estudo sobre letramento financeiro realizado pelo Banco Central (BACEN) e Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ao responderem à pergunta “Às vezes as pessoas percebem que sua renda não é suficiente para cobrir seu custo de vida, percebeu-se que renda não era suficiente para cobrir seus gastos. Isso mesmo, 64,7% responderam isso.
Mas, não é somente no Brasil. Nos Estados Unidos, segundo relatório do Bank of America (BofA), a inflação elevada e as taxas de juros praticadas nos Estados Unidos tornaram difícil para os americanos de todas as idades acumular fundos de emergência, mas a Geração Z (definida como aquela que dos nascidos nas décadas 1990 a 2010) apresenta mais dificuldades em guardar dinheiro.
Ao menos 56% dos membros da Geração Z afirmam não ter poupanças suficientes para cobrir três meses de despesas em caso de emergência. De todas as gerações, são também os que mais se arrependem de não terem poupado o suficiente para emergências.
Antes das evidências gosto de comentar das minhas aulas de finanças.
Nelas, apesar de falar sobre oportunidades de emprego nos mercados de capitais e monetário (área pública), gestão de investimentos e gestão empresarial, nosso foco por conta do curso de gestão está em gestão empresarial.
E em gestão empresarial, de diversos conteúdos temos Orçamento de Caixa. Como instrumento permite acompanhar e ou organiza as entradas e saídas de caixa as empresas com base no regime de caixa (diferente do regime de competência que é contábil) e, leva em consideração a transferência de saldo final de caixa do período anterior para o período posterior (normalmente mês).
Em se tratando de instrumento de acompanhamento e ou previsão sabemos que o inesperado pode ocorrer e por conta disto recomenda a literatura de um caixa mínimo esperado (saldo emergencial).
Logo, em relação ao planejamento parece que não existem dificuldades, principalmente se você entende a ferramenta. Seja através de um aplicativo, software ou mesmo uma planilha eletrônica. Então quando as dificuldades surgem?
Surge na execução. Difícil dizer os motivos destas gerações pesquisadas, mas artigos científicos indicam que somos intuitivos perceptivos em relação ao raciocínio e isso é péssimo nas tomadas de decisões financeiros. Além das decisões automáticas, somos inclinados ao curto prazo. Ou seja, tomamos decisões em que o futuro não é levado em consideração.
Como corrigir isso? Trabalho de longo prazo que passa por mudança de comportamento e para isso é preciso oportunizar letramento financeiro. Pode ser iniciativa pública e também podemos contar com o olhar daqueles responsáveis por programas de capacitação dentro das organizações privadas.
Espero que tenham gostado.