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Por que as empresas ficam endividas? O que você pode apreender com isso?

Em uma empresa, cujas informações são abertas ao público (S.A), os registros de suas operações financeiras podem ser feitos por dois regimes: de competência e de caixa.

O regime de competência é útil para que os informes contábeis (Balanço Patrimonial, DRE) possam indicar sobre a “saúde” financeira da empresa, quer seja pela sua liquidez (capacidade de honrar compromissos), quer seja por sua atividade (capacidade de uso dos seus ativos), quer seja pelo endividamento (participação de capital de terceiros via empréstimos ou alavancagem financeira) e rentabilidade (retorno proporcionado).

Já o regime de caixa é útil para identificar, através do registro dos efetivos pagamentos e recebimentos num determinado período (normalmente o mês) a necessidade de capital giro ou a possibilidade de realizar aplicações financeiras, em situações superavitárias.

Importante dizer que não é incomum a necessidade de capital de giro, isto porque há um perfeito descasamento entre os pagamentos feitos aos fornecedores e o recebimento dos clientes. Desta maneira, as empresas buscam antecipações dos seus recebíveis junto as instituições financeiras bem como fazem dívidas, pagando por elas a taxa de juros de mercado. Também podem levantar dívidas para atender a outras necessidades que não sejam de capital giro (ou seja, capital fixo).

O importante é que a divida líquida dividida pelo Lucro Antes dos Juros, Impostos e Depreciação e Amortização (LAJIDA) não seja superior a 3. O mercado, ou melhor, as agências de risco entendem que esse grau de comprometimento indica uma empresa saudável em termos de endividamento.

Em outubro do ano em curso, a taxa que baliza os juros no Brasil está em processo de alta. Ou seja, algumas empresas, conforme reportagem do Jornal Valor Econômico, conseguiram trocar dívidas com taxas altas por menores. Outras não vislumbraram essa possibilidade. Assim, empresas varejistas, locadoras de veículos e da área de saúde podem ter seus resultados financeiros afetados por conta da alta dos juros e, consequente pagamento de despesas financeiras.

Então se as empresas ficam endividadas por necessidade de capital de giro ou até mesmo de capital fixo (imobilizado e neles busca-se o aumento das Receitas) elas tem, conforme sua situação, a possibilidade de trocar no mercado financeiras suas dívidas, ou seja, fazem novas emissões de dívidas com a intenção de trocar taxas elevadas por taxas mais baixas. Mas é fundamental dizer que o endividamento é inevitável. Se você ainda não acreditar nisso basta passar o olho nos Balanços Patrimoniais e verificar que essas empresas apresentam Passivos (compromissos com terceiros).

Depois desta explanação, o que você pode apreender com isso?

Caso seus compromissos estejam descasados, você irá precisar de “capital de giro” e as alternativas de antecipação são reduzidas (restituição do IR e do décimo terceiro salário), cabendo, então, a contratação de dívida, caso as antecipações sejam insuficientes;

Caso você necessite fazer alguma reforma ou conserto e, não dispor do recurso financeiro, você poderá contrair dívida, mas diferente das empresas, nem sempre essa contratação pode aumentar sua renda;

Você pode trocar dividas, neste caso existem linhas de empréstimos pessoais cujas taxas de juros são menores das taxas praticadas pelo cartão de crédito;

Na literatura não há um número mágico, logo, vamos manter as recomendações dos financiamentos de imóveis e dizer que não comprometa mais de 30% da sua renda líquida.

Embora o endividamento seja também inevitável para você o importante é que os pagamentos dos juros e a devolução do dinheiro sejam acompanhados e registrados para que você acompanhe melhor sua situação financeira.

Espero que tenham gostado.

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