No meu livro Tenho Modos com o seu dinheiro faço referência a uma reportagem da Revista Exame que tratava dos Gastos médios dos brasileiros. Assim, alimentação, habitação (financiamento, aluguel e ou condomínio), transporte, água, luz e serviços eram responsáveis respectivamente por 19%, 13%, 12% e 10% da renda das famílias. O ano era o de 2008, ou seja, temos 15 anos à frente e, possivelmente mudanças nos hábitos das famílias brasileiras. De outra forma, não posso estabelecer que esses percentuais, mesmo em se tratando de média, sejam os mesmos. No entanto trago essa informação para reforçar a última postagem.
Assim, qualquer atividade que tenha como objetivo acompanhar os registros desses gastos é fundamental para um planejamento financeiro adequado. Minha sugestão é que os mesmos sejam feitos semanalmente e, por isso, associei a ideia do GPS (Gerenciamento por Semana).
Em 2023 temos mais opções dos meios de pagamento, temos mais canais vendas e somos estimulados ao consumismo (Conforme explica Zygmunt Bauman, advém da nossa capacidade de querer, desejar, ansiar por e particularmente experimentar emoções repetidas vezes).
A ideia não é evitar o consumismo, mas dizer que ao estabelecer um planejamento financeiro e ter controle sobre os gastos, se não evitamos o consumismo pelo menos amenizaremos o impacto dele em nosso orçamento familiar.
Dos meios de pagamentos, o cartão de crédito tem se apresentado como um facilitador do consumismo. Já comentamos que, de modo geral, não temos a sensação de gastar quando usamos o cartão o crédito. Por outro lado, não quero dizer que o mesmo não traga benefícios. A questão é sobre o seu uso. Conselho de especialistas indicam que o cartão de crédito deveria ser colocado num congelador ou nossos gastos deveriam ser feitos em dinheiro.
O meio de pagamento não pode ser considerado um vilão. Agora é preciso que as famílias tenham controle (fazendo registros) dos seus gastos.
Espero que tenham gostado.
