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Heurísticas, vieses e a regra 72 como atalho para rendimentos

Após ler um reels da Você SA tomei conhecimento da regra 72. De maneira bem simples, trata-se de um atalho matemático para descobrirmos quanto tempo uma aplicação que paga juros compostos leva para dobrar o dinheiro.

Basta dividir o número 72 pela taxa de juros. Na reportagem a recomendação é de um resultado aproximado que dá para o gasto. Assim, se a poupança render 6,17% ao ano, ao dividirmos 72 ÷ 6,17 teríamos 11,669. Portanto, de acordo com a regra, o investimento mais popular do Brasil demoraria uns onze anos e oito meses para duplicar seu valor.

De imediato faço referências aos livros Ruído e ao Rápido e Devagar do professor Daniel Kahneman. Neles são tratados nossa incapacidade de julgamentos, ou melhor de julgamentos com ruído. Para isso, o professor faz uso das nossas operações simplificadas (atalhos) ou Heurísticas bem como dos vieses como nossos erros de julgamentos. Na obra Rápido e Devagar as Heurísticas mais referenciadas são Representatividade, Disponibilidade além da Heurística do ajuste a ancoragem. Acontece que todas elas nos levam a erros.

Na reportagem da Você SA a regra 72 tem seus limites. Numa outra operação cujo rendimento seja superior a 13% a regra deve se 73. As justificativas matemáticas estão disponíveis na reportagem.

Lidar com juros compostos é lidar com relação exponencial. Logo não há linearidade. Cabe, portanto, uma capacitação até porque, diferente do passado, temos as planilhas bem como as máquinas de calcular financeiras como auxiliadoras (facilitadoras) do processo algébrico.

Espero que tenham gostado.

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