No livro Mercado de Capitais, fundamentos e técnicas o professor Juliano Pinheiro expõe as fontes de financiamento de uma empresa:
Internas e dentre elas a desmobilização (venda de ativos)
Externas, caraterizadas pela emissão de dívidas (debêntures) ou capital patrimonial (emissão de ações)
No mercado financeiro (monetário, cambial, crédito e de capitais) as empresas tem opções para financiar suas atividades (capital imobilizado ou de giro) bem como, para redução do risco (quando avaliadas pelas empresas de rating) ainda podem vender parte dos ativos, o que a literatura conceitua como desmobilização. Um exemplo de desmobilização recente foi da empresa DuPont que anunciou um acordo para vender participação de 80% na fabricante de acetal homopolímero Delrin para a gestora de private equity TJC, avaliando a empresa em US$ 1,8 bilhão.
Desta forma, o dinheiro pode ser usado para pagamento de dívidas, reduzindo o endividamento e, qualificando a empresa com uma boa relação dívida líquida por LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização).
Para as pessoas físicas as possibilidades são menores, embora as famílias possam vender patrimônio para reduzir suas dívidas. Outra possibilidade é trocar dívidas. Nada incomum para as empresas. Nesta situação, o que deve ser observado é a taxa de juros da operação.
Um levantamento da Creditas e divulgado pelo Valor Investe mostra que o principal motivador para as pessoas contratarem novos empréstimos é liquidar outros empréstimos. A opção foi assinalada por 34,4% das pessoas que responderam a pesquisa. Outros 3,4% dos mais de 16 mil respondentes assinalaram que contratam empréstimos com o objetivo de usar esse dinheiro para refinanciar outras dívidas.
Embora a pesquisa não consiga aprofundar as operações, elas somente só são válidas quando é possível trocar uma taxa de juros por outra menor.
Espero que tenham gostado.
