Não existe um método ideal para que todos tenham sua independência financeira (pouco diferente de equilíbrio financeiro onde a renda é igual aos gastos). Considerando que configurações familiares são diferentes, você que tem acompanhado minhas postagens, já teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre o método kakebo.
Mas professor por que agora o método Marie Kondo? Porque ele é outro método que, conforme a crônica de Paulo Mendes Campos (Para Maria da Graça) é “um simples manual, em linguagem direta, do sentido evidente de todas as coisas. Aprende isso ao teu modo, pois eu te dou apenas umas poucas chaves entre as milhares e milhares que abrem a porta da realidade”.
A porta da realidade aqui é controle financeiro. Se o método kakebo tem essa proposta o método Marie Kondo também (No livro Tenha Modos com o seu Dinheiro, 2009, desenvolvi o método GPS, ou gerenciamento por semana) busca registrar e controlar os gastos de forma a que os mesmos não superem a renda familiar.
Então a japonesa, Marie Kondo ou a guru da arrumação, ficou conhecida por desenvolver um método (KonMari), que consistia numa prática quase espiritual em que aa pessoas deveriam reunir todos os seus pertences, separados por categoria, e manter somente aqueles que lhe despertassem alegria. Era portanto, um método para arrumar o lar das famílias.
Seus princípios são úteis para as finanças. Ou seja, pegue uma folha ou um arquivo de computador, e elenque todas as receitas, gastos fixos, gastos esporádicos, empréstimos e financiamentos. O importante, é que nada pode ficar de fora. Muito parecido com o kakebo, os registros das saídas de dinheiro e suas entradas devem ser registrados. Neste momento, conforme sua habilidade e tempo disponível as categorias são criadas. Com elas será possível entender melhor o que acontece todo final de mês.
Não que esse método seja o melhor, mas pode ajudar você. Assim, qualquer tentativa de verificar seus gastos e fazer com os mesmos sejam menores que sua renda é um caminho para formação de poupança.
Agora é preciso reforçar que uma coisa é fazer o registro outra coisa é ter consciência que somos “frágeis” na tomada de decisão. Não há dúvidas que somos impulsivos, preferimos o presente ao futuro (miopia), não gostamos de perder (e por conta disto acabamos comprando o desnecessário para não perder “as últimas unidades”) além de sofremos influência social (compramos para sermos reconhecidos socialmente).
Por isso que. quando o assunto é Finanças Pessoais, ainda somos carentes em finanças comportamentais e, conforme explica Daniel Kahneman, não percebemos que acreditamos que pensamos por nós mesmos, mas muitas de nossas decisões ratificam respostas automáticas.
Espero que tenham gostado.