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Ciclo de Vida e Poupança e Conversa com Bial

No livro Tenhas Modos com o seu Dinheiro (Editora Ciência Moderna, 2009) tive a oportunidade de apresentar no Capítulo 6 o Ciclo de Vida e Poupança dos professores Modigliani e Brumberg. Os professores fornecem a base do que seria chamado de Hipótese do Ciclo de Vida e Poupança, descrevendo o processo de acumulação e desacumulação dos recursos financeiros ao longo de nossa vida.

Não há nada de errado, na definição de um modelo definir alguns pressupostos (embora na vida prática eles não possam ocorrer). De outra forma, é importante ter um modelo que possa orientar ao contrário de não ter modelo algum. Logo, para os autores do artigo Utility Analysis and Aggregate Consumption Functions, a renda apresenta-se constante por um período anual N de trabalho, caindo a zero após alguns anos.

O consumo é baseado ao nível N/L, considerando L a expectativa de vida em anos. Então, de forma a por em prática o modelo algumas informações foram utilizadas, conforme renda anual (Y) de R$36.000,00 e uma poupança (A) dada por (40(60-40)/60) x A num total de R$480.000,00.

Lógico que esse recursos aplicado a 0,50% constituiu uma poupança de R532.555,70. No livros outras alternativas são dadas. Como também uma discussão sobre a jornada de trabalho.

Mas professor e a Conversa com Bial? Lógico que no livro (2009) não tive a oportunidade de comentar um diálogo de Pedro Bial nas redes social que trata sobre a longevidade. Na verdade é mais um chamar atenção sobre a transformação social. Nossa expectativa está aumentando. Já em 2009 ao contrário do uso das estatísticas atuarias preferi para o modelo trabalhar com um horizonte de 80 anos.

Para o modelo gerar R$ 480.000,00 (e este valor é tão somente um palpite) seriam necessários 40 anos de jornada de trabalho e um consumo, conforme o modelo proposto de Modigliani e Brumberg, de 66,67% da renda e uma poupança de 33,33%. Na atual situação sabemos das dificuldades de poupar 33% da nossa renda. Mas, mais do que isso a discussão é provocativa no sentido de que serão necessários mais recursos por conta de uma maior expectativa de vida.

Essa compensação (não conseguir economizar 33% da renda) pode ser conseguida no mercado financeiro. E embora, todas atualmente pelas redes sociais tenham informações, sou adepto da ideia que esse mercado é para profissionais (deixe seu dinheiro com especialistas).

Também afirmo que não há conflito de interesse algum pois não vou comercializar absolutamente nada. Sou professor adjunto de uma Universidade pública com regime de trabalho em dedicação exclusiva. Fique tranquilo.

Espero que tenham gostado da provocação sobre a importância de uma formação de poupança. À medida que a jornada de trabalho aumenta, sem aumento da expectativa de vida esse percentual de 33% irá ser reduzido, No entanto, caso (e é o que estamos vivendo, conforme Pedro Bial, essa transformação social) a expectativa aumente, mais recursos financeiros serão necessários.

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