Em sala de aula, para os cursos de gestão em finanças, tenho apresentado para meus alunos o quanto é comum as Sociedades Anônimas (e outras modalidades empresariais) apresentarem-se endividadas. Isso é tão comum que posso assegurar que todas elas (ninguém fica fora desta lista) tem dívidas. Ou seja, fazem uso do capital de terceiros para executarem seus projetos.
Um elemento também é discutidos em sala de aula: o quão saudável é está dívida para a Sociedade Anônima e qual a sua capacidade de pagar de os juros. Assim, se as empresas são saudáveis, de forma que seus resultados não serão comprometidos pelo pagamento dos “serviços da dívida” não risco algum. Se eles existem são provenientes de outros aspectos mas não em relação ao endividamento (que é diferente da inadimplência).
Esse assunto vem a tona motivado por uma reportagem (e nesta situação preservo o veículo de comunicação) que noticia de forma alarmante que 80% das mulheres estão endividadas. Mas do que isso, trata a informação como inaceitável. Se isso é verdade, também seria inaceitável (com as devidas restrições) que 100% das Sociedades Anônimas estão endividadas.
Acredito que informações alarmistas não irão contribuir em nada para aqueles que ainda conhecem pouco de finanças. O que é inaceitável é um comprometimento de renda que coloque em risco a situação familiar. Assim, quando menor esse comprometimento mais saudável a situação familiar. Para o financiamento habitacional o mercado aceita o limite de 30%. Logo, como não há um “número mágico” ter comprometimento de renda para pagamento “dos serviços da dívida” menor que 30% é indicativo de saúde financeira.
Na oportunidade lembro que as famílias por não serem entidades tributadas no Lucro Real e não ofertarem no mercado produtos e ou serviços não tem Receitas, Despesas ou Custos.
Economicamente falando temos Renda (Salário, Aluguéis, Juros, Dividendos) e gastos. E tão somente isso. Se em algum momento a Renda for superior ao gastos passaremos a formar Poupança e não Lucro.
Espero que tenham gostado,
